Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias
Cinema, Vídeo e Comunicação Multimédia
Atelier de Guionismo
4T1
“Compramos e vendemos sentimentos”Francisco Sousa – 2300769
14 de Outubro ‘06
AUTORES.:
Francisco Sousa –
fran2222@hotmail.com –
Tiago rebelo -
tiagoreb@gmail.com -
DURAÇÃO.:
5 Minutos
IDEIA.:
Lúcio está numa fila de pessoas e pretende vender todos os seus sentimentos, sentimentos que estão identificados nos rebuçados. A superfície comercial criada para o efeito - “Compramos e vendemos sentimentos” - não aceita um número tão grande de sentimentos que Lúcio pretende vender. Uma mulher que está na fila das vendas oferece-se para ficar com eles.
SINOPSE.:
Uma loja de conveniência compra e vende sentimentos. Esses sentimentos são representados por rebuçados. Existem duas filas; uma para quem quer vender rebuçados, outra para quem quer comprar. Nessas filas existem vários tipos de pessoas: Desde o velho que quer vende Tristeza, até ao jovem obeso que quer comprar auto-estima. Lúcio está na fila das vendas e quando chega a sua vez, Lúcio tenta vender todos os seus sentimentos, colocando uma grande porção de rebuçados em cima da mesa. O empregado justifica que não está autorizado a comprar um número tão elevado de sentimentos. No meio da discussão, uma rapariga que está na fila das compras oferece-se para ficar com todos os sentimentos de Lúcio, entregando um único rebuçado em troca.
DESCRIÇÃO DE PERSONAGENS.:
Lúcio – Tem 25 anos. Alto Cabelo escuro e olhos escuros. Decepcionado com a vida apesar de aparentar calma. Muito observador, sobretudo das pessoas que o rodeiam. Os seus olhos expressão sensibilidade.
Rapariga – Tem 22 anos. Estatura media, cabelo louro e olhos claros. O seu cabelo e olhos claros dão uma imagem mais próxima do angelical do que da imagem de mulher fatal. Tímida mas ao mesmo tempo destemida quando chega a altura certa de agir.
NOTAS.:
- O filme é a preto e branco. Na loja de conveniência verificamos uma grande incidência nos brancos, dando uma estética quase onírica ao espaço onde se passa a acção.
- O personagem principal é também o narrador da história.
- Quando lúcio está na fila vai narrando o que vê ao mesmo tempo que observa as outras pessoas.
ARGUMENTO.:
Lúcio é um Homem decepcionado com a vida, basta olhar para os seus olhos e percebe-se que alguma coisa está errada. Ele caminha por uma rua pouco movimentada. Todas as pessoas que passam por ele aparentam uma abstracção anormal, caminham como se nada existisse à sua volta. Lúcio para á entrada de uma loja que dá pelo nome de “Compramos e Vendemos Sentimentos”. Lúcio mostra-se indeciso a entrar na loja. Sentado no chão, ao pé da entrada, está um vagabundo que balbucia umas palavras que lúcio não compreende. Lúcio decide entrar na loja.
Lúcio encontra-se na entrada e observa o local: Está um balcão com 3 metros de comprimento mesmo á sua frente, atrás do balcão está um vendedor, e trás desse vendedor estão varias prateleiras horizontais com vários boiões de vidro transparente com rebuçados dentro. Cada boião tem um nome colado na parte de fora; todos os boiões têm rebuçados que representam sentimentos. De cada lado da prateleira está um televisor que passa constantemente anúncios do tipo “tele-vendas” com um apresentador caricato a vender rebuçados. Entre o balcão e o vendedor estão duas filas paralelas com pessoas, uma fila para as “compras” e outra fila para as “vendas”. As duas filas Têm cada uma o mesmo numero de pessoas, 7. Nos cantos do tecto estão varias colunas de áudio que transmitem várias frases de ordem num tom computorizado, como por exemplo:”mantenham a ordem da fila” ou “só é permitido comercializar um rebuçado por pessoa”. Lúcio coloca-se no fim da fila das vendas. A partir desde momento ele começa a observar as várias pessoas assim como os rebuçados que querem vender e comprar. Na fila das compras ele repara num rapaz gordo que está ao balcão e quer comprar auto-estima. Repara também num velho que está fila das vendas e tem na mão um rebuçado com a palavra “tristeza”, atrás dele está um jovem aprumadinho, magro, a dever muito à beleza, e quer vender “solidão”. Lúcio volta a olhar para a fila das “compras” e repara num jovem rapaz numa cadeira de rodas a pedir um rebuçado do boião da “esperança”. Entretanto lúcio percebe que é a sua vez de ser atendido. Aproxima-se do balcão, olha para o empregado e retira várias mãos cheias de rebuçados dos vários bolsos do seu casaco e calças, colocando todos em cima do balcão. Estupefacto com tudo aquilo, o empregado explica a Lúcio que não está autorizado a comprar um número tão elevado de rebuçados e que ele terá que retirar todos os rebuçados de cima do balcão e escolher no máximo um. Naturalmente lúcio não se mostra nada agradado com a situação e gera-se uma pequena discussão sobre o facto. No meio da discussão, uma rapariga sai da fila das compras e aproxima-se de lúcio tocando-lhe no braço. Lúcio e o empregado terminam a discussão. A rapariga oferece-se para ficar com todos os rebuçados que Lúcio quer vender, entregando só um rebuçado em troca. Naturalmente Lúcio fica admirado; não só a rapariga saiu da fila - atitude nada normal – como também quer trocar rebuçados com outra pessoa. Lúcio olha então para o rebuçado que a rapariga lhe entregou. Consegue-se perceber pela primeira vez na sua cara algum tipo de alegria e serenidade. Lúcio dá a mão à rapariga e saem os dois da loja. Depois de saírem, é possível ver dentro da loja uma pessoa na fila das “vendas” a olhar de soslaio para outra na fila das “compras”.
